segunda-feira, 30 de abril de 2007



Já se sabe como é
Nas guerras não há comtemplações
Apontam-se os canhões
E toca a disparar
E ao fim de nove meses
A coisa começa a dar
Agora há muitos bastardos na terra
Filhos directos da segunda guerra.
LC


E com astúcia acrescento eu
Que as demolições na baixa
Dão muito ó meu
Ele é o IPPAR, a Câmara,o Governo
Mil técnicos, sei lá o mundo inteiro
E para alimentar a coisa lá está
O desgraçado do empreiteiro
Por isso tem de haver minúcia
Que a coisa não pode ser grossa
E uns centimos mal divididos
Dá logo ciume e choça!
LC


Dá? Eu quero uma grande
Por me ter deixado corromper ao longo de toda a vida
Não fui suficientemente forte contra a maldade
A mentira e a sordidez. Chegou a minha vez
Por isso sinto-me com direito a uma boa indemenização
Abdiquei mil vezes do meu eu,fraquejei em mil situações
É altura de receber os meus devidos milhões!
LC

sábado, 28 de abril de 2007



Combater a morte
Como é que se faz?
Nunca ninguém a viu
Mas sentiu, dirão alguns
Talvez direi eu
Que nestas coisa duvidosas
Sou menos ateu
Mas combater a morte
A tiro ou à espadeirada
Deve ser o que ela quer
Que mal a luta começa
Deixa-se logo morrer!
LC



É do melhor que há
Não deixa marcas vocês sabem lá
Eu sou praticante assíduo
E não me tenho dado mal
Chego junto ao ouvido
E de palavra afiada cravo o punhal
Um crime quase carnal e perfeito
Que palavra afiada tanto crava
Nas costas como no peito
Depois disfarço meio contido
E ninguém me apanha com a arma na mão
Que os crimes ao ouvido
Também podem dar prisão
LC















Um gentleman, o rei dos foliões
Que até usa um nome aristocrata
Prós vulgares colhões
Que há falta deles diz
Quem sou eu pra duvidar do problema identificado
Se há cada vez mais libelinhas
A passar pró outro lado
Estou solidário com o folião
Este mundo está roto
E há cada vez mais
Fraquezas de escroto!
LC

sexta-feira, 27 de abril de 2007



Faça-se outra ou importe-se doutra galáxia
A modéstia não ajuda ninguém
Se já rebentámos uma, rebentamos outra também
Que nestas coisas de poluição
Quiotos e outros que tais
É importante a experimentação
Queimar plantas e cegar animais
Sem isto quem tem certezas?
Uma terra não chega
E a modéstia não ajuda ninguém
Venha de lá outra terra
Que nós rebentamo-la também
LC










Ó Fernanda tu sim és sensível
E vês a coisa claramente
A precisar dum ligeiro ajuste
Evidentemente
Queremo-las caladas, quietas
E viradas de frente
Mas também podem ser
Comunicativas,irrequietas
E viradas de frente
E boas ou más
Gagas, agitadas e
Viradas de trás!
LC

quinta-feira, 26 de abril de 2007



Uma rotunda onde jorra o vinho
Só pode ter uma consequência
Meio portugal de boca aberta
E 25% na urgência
Era só o que faltava para o delírio nacional
E perpectuar os autarcas no poder.
Telenovelas,futebol,algum jeitinho
E rotundas a jorrar vinho
Encarreira o pessoal obediente
Tudo no mesmo caminho
Muito pouca consciência
Meio portugal de boca aberta
E 25% na urgência!
LC


Das vacas já sabíamos
Que a coisa era rentável e rende mais que boas acções
E que não há risco de crash enquanto houver vacas na rua
E putanheiros aos milhões
Frangos é que a coisa soa pior
E não consigo perceber quanto é que se paga a um frango
Para o pôr a fazer amor!
LC

Não concordo
Não posso concordar
Sehá algo em que
Não se pode pausar
É no frenesim do centro.
Há lá coisa melhor
Do que momento a momento
Intensificar o frenesim do centro
Façam pausas onde entenderem
Na cabeça ou nos pés
Mas nunca no frenesim do centro
Que é o melhor que no mundo tem
Mesmo para um zé ninguém!
LC


Bem apanhado e sem catarro
Basta o fumo dum cigarro
Pra andar sem espinhas
Mesmo que alguém dê
Mais de mil bufinhas.
Dito e escrito em livro editado
Pela famosa escritora
Pinto da Costa Salgado.
LC


Confusão das mulheres portuguesas que tentam pouco
E não assediam como deve ser
Porque se o fizessem sem medo
Qualquer português fica louco
E tem todo o prazer em ceder
Ó portuguesas ataquem
Os portugeses são fáceis
Não precisam sofrer privações
Experimentem e vão ver
Que eles adoram apalpões!
LC


Ouve lá
Como é a tua mãe na cama
Geme,grita é activa?
E o teu pai é missionário
Ou também vai no oral?
Duas perguntas inocentes
Não está mal
As crianças têm que aprender
Olho no buraco da fechadura
E já sabem fazer
Depois é só praticar
E encontrar soluções
Porque cada um de nós
Exige as suas posições
E 69 ao deitar
É melhor que não saber contar!
LC



Na aparência é tal e qual
Salta de árvore em árvore como qualquer animal
Pendura-se no que está a dar
Bate com as mãos no peito quando ganha
E puxa os cabelos quando perde
Fuma charuto e disfarça de magnata
Em tudo o resto é primata!
LC


Pois não,as bolas ficam à porta
São cerimoniosas,respeitam
São limpas,batem ao lado
E deixam o trabalho
Para outros instrumentos
Porque há desportos diferentes
Mas também com muita emoção
Onde outros marcam golos
E as bolas não!
LC

Já todos sabíamos
Mas a coragem para o denunciar
Era escassa
Porque em matéria de IVA
A realidade é devassa
O dito cujo ataca a todos
E é sujo
Qualquer meio serve
Para atingir o fim
Foi o próprio IVA
Que mo confirmou a mim!
LC

Escrita rente ao mar
É efémera como convém
Muito concreta à uma da tarde
Às três já não a lê ninguém
Numca houve escrita mais útil
Embora os maliciosos
A achem fatalmente fútil.
Mal intencionados já se vê
Porque a escrita rente ao mar
Toda a gente lê!
LC














Vou já para lá, encharcar-me.
Num temporal de milhões
É de encharcar até aos colhões
E ir ensopado para casa.
Depois com os milhões colados no corpo
Secam-se as notas uma a uma
Conta-se aos amigos e à família
Fica meio mundo surpreso
Ao outro dia não largam a porta
E fica-se outra vez teso!

LC

O título está errado
Porque eles quiseram dar a cara
E ninguém lhes pegou
Porque só de lhes ver a cara
Mais de meio mundo enjoou.
Eles bem se esforçam
Mas já não têm cara para nada
E nem os mais violentos
Lhes arriscam uma estalada
Por mim castigo-os com simplicidade
Obrigo-os a ficar com a cara
Até à eternidade.
Como castigo não está mal
E anima o pessoal!
LC

Combater a morte
Como é que se faz?
Nunca ninguém a viu
Mas sentiu, dirão alguns
Talvez direi eu
Que nestas coisa duvidosas
Sou menos ateu
Mas combater a morte
A tiro ou à espadeirada
Deve ser o que ela quer
Que mal a luta começa
Deixa-se logo morrer!
LC















Temos loucos para todos os gostos
Leve-os para casa estão prontos e a postos
Como é que gosta mais deles
À Júlio de Matos, à Conde ferreira
Ou à Miguel Bombarda?
Estes não são chatos
E dominam-se à espingarda.
São bons e baratos
E já só temos um Conde Ferreira
E dez Júlio de Matos
Três pró senhor, dois prá Senhora
E cinco pró casal ali ao fundo
Que tem ar de louco
E quer comprar meio mundo!

LC